sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Pesquisa de Campo: Entrevista com Especialista

A profª. Ângela Regina dos Reis Santos concedeu uma entrevista a equipe do blog "A descoberta da Sexualidade na Infância". Nessa entrevista, buscou-se um referencial teórico sobre o assunto, e a opinião do especialista na área sobre como deve ser o comportamento dos pais e dos professores diante dessas situações.

Eis ai as perguntas do questionário:


01.  Como a psicologia define manifestações sexuais na infância? Como identificar essas manifestações?

Resposta: A sexualidade é inerente aos seres humanos, e ela se manifesta desde o nascimento até a morte, em formas diferentes em cada etapa de desenvolvimento. De acordo com a Teoria Psicossexual de Freud o indivíduo, nos primeiros tempos de vida, tem função sexual ligada à sobrevivência, portanto o prazer é encontrado no próprio corpo e há um desenvolvimento progressivo.
Freud postula que na fase oral(0-1 anos) a zona de erotização é a boca, na fase anal(2 anos aproximadamente) a zona de erotização é a região do ânus e das nádegas, na fase fálica (3 a 5 anos) a zona de erotização é o órgão sexual, no período de latência( 6 a 12 anos) há um intervalo na evolução da sexualidade e finalmente na fase genital( 12 anos em diante) o objeto de erotização ou de desejo não está mais no próprio corpo, mas em um objeto externo ao indivíduo – o outro.


02.  Na opinião dos profissionais, os pais devem lidar com as manifestações sexuais na infância? E os professores?

Resposta: Os pais/ professores devem compreender em que etapa de desenvolvimento seu filho/aluno se encontra para que possam orientá-lo corretamente, evitando situações constrangedoras ou supervalorização de algum comportamento que é próprio da fase em que a criança se encontra.

03.  A procura por orientação em relação a esse assunto é frequente, pelos pais ou profissionais da área de educação infantil? Quais as solicitações mais freqüentes?

Resposta: Geralmente os professores de educação infantil procuram mais orientações devido ao fato que as crianças nesta etapa de escolarização encontram-se na fase fálica, ou seja, tomam consciência das diferenças sexuais, descobrem seus órgãos genitais e começam a explorá-los através da manipulação ou das frequentes perguntas sobre sexo.

04.  Na opinião psicológica, como os profissionais da área docente devem se comportar em relação às manifestações sexuais de seus alunos?

            Resposta: Orientá-los de forma correta e sem fazer alardes para os colegas professores ou pais de alunos, ou seja, se comportando de forma ética. Por isso é necessário que o professor estude psicologia do desenvolvimento para que possa entender seu aluno e dessa forma trabalhar essas questões que surgem no dia-a-dia da sala de aula de forma saudável.


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A familia , arma importante no desenvolvimento da sexualidade infantil.

A educação sexual é muitas vezes um assunto gerador de polêmicas e controvérsias, muitas crianças, a partir de 1 ano, são estimuladas pelos pais a desenvolver sua sexualidade (trajando roupas curtas, danças sensuais), criando uma geração despertada precocemente à erotização, ao passo que outros pais não mencionam esse assunto.

A família é o contexto no qual a criança precisa obter a educação sexual, e não necessariamente quando proporcionam informações ou explicações, mas também quando a criança é tocada, cuidada pelos pais, através das brincadeiras e da maneira do relacionamento. Outro fator importante para a sexualidade da criança é a vivência do casal, quando este possui uma relação afetiva, os papéis e os limites de cada um são bem definidos.

O desenvolvimento emocional da criança deve ser observado durante a educação sexual, os pais precisam dar espaço para que as questões sejam colocadas e respondê-las com simplicidade, de forma que a criança entenda, considerando seu nível de maturidade e suas necessidades emocionais. Se as respostas forem insuficientes a criança continuará perguntando ou procurará obter a resposta em outros lugares, talvez não muito confiáveis. Respostas longas não são aconselhadas, pois tanto o excesso, quanto a não satisfação de informações ocasiona tensão e ansiedade.

Ao responder para a criança é importante que os pais observem suas atitudes, como: o tom de voz, a segurança nas informações, se estão a vontade ou não, uma vez que todos esses aspectos são percebidos pela criança sob a forma de informação.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

COMO FALAR DE SEXUALIDADE COM MEU FILHO?

A falta de informação, ou a dificuldade de como transmiti-la na maioria dos casos, guarda relação com a própria forma em que os pais se enfrentaram ao tema da sexualidade como filhos.


Uma das dificuldades freqüentemente relatadas pelos pais com respeito à educação e orientação de seus filhos esta relacionada com o tema da sexualidade. Que fazer frente às perguntas ou comportamentos dos filhos, o que dizer? O que não dizer? Como dizer? Isto é esperado ou normal para a idade do meu filho? Como conversar sobre o tema? Enfim, pais frente a muitas perguntas, muitas angustias e poucas ferramentas para enfrentar o tema.

A falta de informação, ou a dificuldade de como transmiti-la na maioria dos casos, guarda relação com a própria forma em que os pais se enfrentaram ao tema da sexualidade como filhos. Nas famílias onde o tema da sexualidade foi um tabu ou trabalhado de maneira indireta, não entregou aos hoje pais uma experiência onde se apegar, uma referencia de conduta, uma pauta ou um roteiro mais ou menos conhecido a seguir.

A sexualidade, como parte constitutiva de todos, está e estará presente em suas varias formas e representações nas mais diferentes áreas da experiência e existência humana, tais como, corporal, emocional, social, religiosa, moral, ética e nas relações que os filhos estabelecem com os pais, irmãos e outros membros da família e da sociedade em geral. A sexualidade humana é ampla e abarca muito mais que o genital ou biológico.

Ser pais, também é assumir que após a concepção, nossos filhos estão fadados ao crescimento, a curiosidade e a descobrirem o mundo e a sociedade em que vivem, nossa função frente a este processo é acompanhá-los, buscando e entregando as informações numa linguagem que a criança possa compreender, de acordo a sua idade e também de acordo ao seu grau de curiosidade.

Educar é instruir, é assumir os filhos por inteiro, completos, e a curiosidade sobre o tema da sexualidade são sadios e esperados, faz parte da expansão do mundo da criança, a necessidade de saber da criança é parte de seu desenvolvimento normal. Ao enfrentarmos o tema de modo natural, mesmo que isto implique dizer a criança que como pai este tema não é fácil, mais que vai fazer o melhor para responder a pergunta, se mantém os canais de comunicação abertos e desmistifica o tema da sexualidade como um tabu dentro da casa.

Os pais podem trabalhar os temas partindo da própria curiosidade e interesse da criança. A chegada do irmãozinho, primos ou novos amiguinhos atraem a atenção deles e geralmente se convertem em perguntas, assim como, o nascimento de um animal de estimação ou a visita ao zoológico ou em programas de televisão. Ao responder as perguntas se abrem a porta ao dialogo e a criança se tranqüiliza, o que vai permitir dialogar sobre outros temas relacionados à sexualidade e a prevenção, permitindo no futuro a criança poder entender a diferença entre um carinho apropriado e um não apropriado, seja de um desconhecido ou não, a demais de poder se defender e informar aos pais sobre a situação. A porta aberta permite a fluidez da informação para ambos os lados, o que é fundamental para a família nos dias atuais.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Artigo: Sexualidade na Infância


A escola é um dos locais em que as manifestações sexuais das crianças ocorre com frequencia, algo que é totalmente normal, pois as crianças permanecem boa parte do tempo na escola, e tabmém porque fatos como esse é totalmente normal de acontecerem.

E os professores têm a necessidade de trabalhar esse tema no momento certo, pois não se pode privar a criança do conhecimento do seu próprio corpo.

O artigo entitulado "Sexualidade na Infância", mostra como pedagógas da cidade de Concórdia perceberam a necessidade de trabalhar a sexualidade infantil. Esse trabalho mostra quais as dificuldades encontradas pelas educadoras e como elas trabalharam o tema no âmbito da escola.

Segue o link do trabalho:

http://www.pesquisa.uncnet.br/pdf/educacaoInfantil/SEXUALIDADE_INFANTIL.pdf

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Freud e a Sexualidade



Freud e a sexualidade

Um dos primeiros teóricos a elaborar uma teoria concisa sobre a sexualidade foi Sigmud Freud.  Em sua teoria, o primeiro conceito que foi desenvolvido foi o de inconsiente. Para Freud, o pensamento não é descontínuo e nada é por acaso; cada evento é causado pela ação consciente ou inconsciente e é determinado pelos fatos que o procederam. Desse modo, Freud procurou explicar como esses fatos que pareceram conscientes, e procurava unir um elo a outro dos eventos conscientes. Em suas investigações, Freud viu que a maiorias dos desejos inconscientes e reprimidos estava ligados à ordem sexual, a conflitos que aconteceram dentro das pessoas nos primeiros anos de vida, ou seja, essas pessoas sofreram algum trauma relacionado à sexualidade durante a sua  infância, e que esses acontecimentos tinham um efeito determinante na personalidade destas pessoas.  As descobertas colocam a sexualidade no centro da vida psíquica e é desenvolvido o segundo conceito mais importante da teoria psicanalítica: a sexualidade infantil. Estas afirmações tiveram profundas repercussões na sociedade puritana da época pela concepção vigente de infância "inocente"  (3)
"Os principais aspectos destas descobertas são:
1. A função sexual existe desde o princípio de vida, logo após o nascimento e não só a partir da puberdade como afirmavam as idéias dominantes.
2. O período da sexualidade é longo e complexo até chegar a sexualidade adulta, onde as funções de reprodução e de obtenção de prazer podem estar associadas, tanto no homem como na mulher. Esta afirmação contrariava as idéias predominantes de que o sexo estava associado, exclusivamente a reprodução.
3. A libido, nas palavras de Freud, é a "energia dos instintos sexuais e só deles"
(1)
E no segundo dos “três ensaios da sexulidade” que Freud elabora a Teoria do desenvolvimento psicossexual, e a dividiu nas seguintes fases:

a)    Fase Oral: Vai de 0 a 2 anos. Nesse período a zona de prazer está localizado na boca da criança; o prazer da criança está em sugar e ingerir alimentos.
b)    Fase Anal: Vai dos 2 à aproximadamente 4 anos. Nessa fase,  azona de prazer está localizada no ânus; a criança sente prazer em expulsar e repelir fezes.
c)    Fase fálica - a zona de erotização é o órgão sexual. Apresenta um objeto sexual e alguma convergência dos impulsos sexuais sobre esse objeto. Assinala o ponto culminante e o declínio do complexo de Édipo pela ameaça de castração. No caso do menino, a fase fálica se caracteriza por um interessse narcísico que ele tem pelo próprio pênis em contraposição à descoberta da ausência de pênis na menina. É essa diferença que vai marcar a oposição fálico-castrado que substitui, nessa fase, o par atividade-passividade da fase anal. Na menina esta constatação determina o surgimento da "inveja do pênis" e o conseqüente ressentimento para com a mãe "porque esta não lhe deu um pênis, o que será compensado com o desejo de Ter um filho. (2)
d)    Fase Genital: é o último estágio do desenvolvimento. Nesse estágio, o prazer não está mais no próprio corpo, mas busa-se o prazer agora no corpo da outra pessoa.
Vale ressaltar que entre os dois e os cinco anos de idade, a criança passa pelo Complexo de Édipo. O que acontece é o seguinte: O menino passa a ter como objeto de desejo a mãe, e a menina passa a ter como objeto de desejo o pai. Então o menino passa a querer assemelhar-se com o pai e a menina com a mãe para que se possa chegar ao seu objeto desejado. Com o tempo o menino (com medo do pai) e a menina (com medo da mãe) acabam desistindo dos seus desejos, os “trocam” pela riqueza do mundo social e cultural.


terça-feira, 13 de setembro de 2011

Finalidades;

Nosso blog tem como finalidade desenvolver o estigma chamado SEXUALIDADE INFANTIL , quebrando todos os tabus e tirando as dúvida imposta pela sociedade , com pesquisas , entrevista , fotos , videos e materiais interativos , esclarecendo as principais duvidas sobre a descoberta da sexualidade infantil.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A sexualidade na infância

Muitos pais já se depararam com a situação de o seu filho chegar e fazer as seguintes perguntas: "O que é sexo?" ou "Por que eu tenho 'pipi' e a minha coleguinha não?", ou a pergunta mais feita por eles: "Como eu nasci, como os bebês nascem?". Questionamentos como esses, quando são feitos, ainda deixam pais de cabelo em pé, embaraçados e contrangidos, porque falta essa orientação de como lidar com esse assunto com os seus filhos. Esse blog tratará desse assunto: "Como lidar com as manifestações sexuais na infância?".